1o Ato: Alvorada.
Olhei sem pretensão,
Olhei com curiosidade,
Olhei com cobiça,
Olhei com paixão,
Olhei com receio,
Olhei com surpresa: por que natimorto?
2o Ato: Penumbra.
Olhei para longe,
Olhei novamente,
Olhei com desejo,
Olhei com distância,
Olhei com dúvida,
Olhei crédulo da ressurreição.
3o Ato: Aurora.
Olhei os desacertos,
Olhei o acolhimento,
Olhei o lar, e,
Olhei em paz,
Olhei o futuro,
Olhei sem ver.
4o Ato: Crepúsculo.
Olhei com tristeza,
Olhei a procura de explicações,
Olhei por culpados,
Olhei com saudade,
Olhei com gratidão,
Depois não olhei mais.
“A importância está em seu olhar, não na coisa observada.” (André Gide)
ResponderExcluirAnaïs Nin "Não vemos as coisas como são: vemos as coisas como somos".
ExcluirLindo seu texto, delicado, parabéns! Deixo também uma contribuição de um autor de que gosto muito! "Cada um de nós vê o mundo com os olhos que tem, e os olhos vêem o que querem, os olhos fazem a diversidade do mundo e fabricam as maravilhas, ainda que sejam de pedra, e altas proas, ainda que sejam de ilusão.” - Saramago.
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