domingo, 17 de julho de 2011

Quem sou eu?

Tinha muitas posses e milhares de servos se devotavam a mim. Três destes eram minhas filhas e estas sempre usufruíram dos benefícios de minha posição. Também me amavam, cada uma do seu jeito. Mas como eu precisava ouvir o juramento solene deste amor, perante todos e válido por toda eternidade, lhes pedi a jura de amor mais pura e intensa que uma filha pode fazer a um pai. De uma delas, ingrata, não as recebi, senão como migalhas duvidosas e a tal afronta paguei deserdando a esta que tão acintosamente se mostrava bastarda de mim. Consumi a minha vida e a paz de minha`lma para ao final chegar ao lugar do qual eu nunca deveria ter saído, à insegurança daquele que ama e é amado sem garantias.

Perguntas: Que personagem da literatura eu sou? Ó leitor atento, trocas de lugar comigo, ignorando a pouca diferença entre a infelicidade revelada e a que está constantemente por se revelar?

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