sexta-feira, 24 de agosto de 2007

A BIRITA (DE UM PAI DE FAMÍLIA) COM OS AMIGOS...

1ª Parte – Perguntas do Entrevistador e respostas.

Por que os caras adoram beber cerveja?

Não só porque é muito gostosa, é mais como um ritual, como quando nossos ancestrais se reuniam depois das caçadas para conversar.

Tomemos como exemplo um diálogo do filme Conan, o bárbaro, Conan discute com um ladrão oriental que ficou seu amigo, este diz: Meu Deus, o Deus do Vento, é muito mais poderoso do que o seu; ao que, Conan responde: HÁ, HÁ, HÁ, eu rio do seu Deus, o meu Deus, o Deus da Espada o mataria como a uma formiga, HÁ, HÁ, HÁ. (veja como o exemplo é pertinente, a própria repetição das palavras pelos primitivos transmite, com perfeição, um dos efeitos da embriaguez sobre a fala).

Tem de ser todo dia? Não, embora fosse o ideal (tirando os dias que a ressaca for muito brava).
Tem que ser até altas horas da noite? Não, mas é natural que dure muito, aliás, é impressionante que dure tanto mesmo com pouco assunto, tipo: pois é, né? É mesmo! É o jeito...

O assunto é sobre mulheres? Só indiretamente, por exemplo, pode ser sobre o trabalho e acaba-se falando sobre as mulheres de lá,. Mas claro que pode se falar sobre algo como futebol, que não tem nada a ver com as mulheres, aí... bem, é possível que se acabe filosofando sobre o que as mulheres têm contra o futebol!

Mas, sobre certos assuntos, o melhor mesmo é ir às ruas e procurar pela sabedoria popular, ou mesmo, pesquisar nos clássicos, as conclusões alcançadas pelas grandes mentes, ou grandes personages, do nosso século.

2ª Parte – Depoimentos de rua e opiniões de famosos.

“Eu não tenho o menor interesse nesse negócio de birita no bar com os amigos, não vejo a menor graça nisso... ficar numa mesa sentado durante quase toda noite, ouvindo música de qualidade duvidosa, bebendo cerveja gelada durante uma noite fria, que idéia insana!, e ainda dizem que é fundamental porque faz parte da cultura! É isso aí, nunca fui, nem vou, minha mulher pode ficar tranquila. [Jar-Jar, personagem de “Guerra nas Estrelas”, habitante de um outro planeta, outro sistema solar, numa galáxia, muito, muito distante...]

“A Ju, meu, é um doce, aplaca minha fúria todo dia, faz cafuné para eu dormir, mesmo quando eu puxo o cabelo dela na cama. A cerveja? Não, não, ela não diz nada sobre a noite de sexta-feira!... é, eu parei de ir, o pessoal tá perguntando por mim? ... tá, tá, eu só vou na quarta-feira de cinzas, tá é uma vez por ano, e daí?... Ahh, tá querendo dizer que eu tô com medo de sair mais vezes, senão minha mulher me dá o fora... (entrevistador vai se dirigindo à porta da sala)... chega mais irmão, não corre não, vem cá que eu vou te mostrar O SIGNIFICADO DA PALAVRA MEDO. [Marcão. Lutador de jiu-jitsu. Já caiu no 157 (já foi preso por roubo).]

“Olha, Hans, eu era louco por uma geladinha, mas aí casei e deixei desse negócio. São outros tempos, outras preocupações, o homem fica em casa e começa a pensar em compra de móveis, mudar a pintura de um quarto, fazer os consertos na cozinha e banheiros, é tanta coisa que a gente vai se distraíndo e nem pensa mais naquela geladinha distante, ela passa a fazer parte de um passado que a gente sente que nunca mais vai voltar, e você acaba substituindo aquilo por um outro hobby, muito mais produtivo... Eu, no meu caso, comecei a escrever vários textos, virou um livro e estou quase pondo um fim nisso tudo. [Arthur Shopenhauer, autor do clássico “Ensaio sobre o suicídio” (obra deixada inacabada pelo autor)]

“Aí malandro, eu vou todo dia para o bar, sou o primeiro a chegar e o último a sair, minha mulher nunca falou um “A”, bebo todo dia, todo mundo que vai lá me conhece. Já era assim quando a conheci e não mudou nada com o casamento. Vou morrer naquele bar, mas ela me entende e me ama desse jeito mesmo. [Zé do bar, dono do Bar do zé]

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