sexta-feira, 24 de agosto de 2007

A muralha da beleza


Por que a beleza de Monica a incomoda tanto? Depois de ter feito dois filmes onde aborda a violência que a (sua) beleza provoca, tendo sido (sua personagem) humilhada em “Malena” e, outra, estuprada durante 15' em “Irreversível”, ela diz em entrevista, ter ficado tentada com uma proposta de filmar um pornô Cult (embora o diretor que propôs seja famoso e reconhecido, a reportagem grafava “Cult”, assim mesmo, com aspas, entenderam, né, o que eles quiseram dizer...).

A Bela agora provoca o malditoso e leproso (porque assim que a Sociedade que consome os filmes trata quem lida com eles) cinema pornô. Quer provocar porque diz que quer fazer o filme em vez de filmar e “ter a fita roubada” como fizeram várias personalidades femininas da atualidade para ficar (mais) famosas.

Monica enfim, parece que suplica, exige, desesperadamente, que a vejam como ela é, para além de sua cegante beleza. Busca o ódio porque lhe parece o sentimento mais humanizador que poderiam ter por ela. Mais do que a adoração e reverência que sua beleza lhe traz.

Eu adaptaria para ela o que o personagem de Robin Willians diz para o de Matt Damon em “Gênio Indomável”: Voce não tem culpa; VOCE não tem culpa, VOCE NÃO tem culpa, VOCE NÃO TEM culpa, VOCE NÃO TEM CULPA DA SUA BELEZA.

Enfim, hip hip hurra, a essa maravilhosa - em tantos sentidos: MULHER.

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