Na mulher sempre se encarnam os mistérios perturbadores da natureza; os mistérios que evocavam O Desconhecido. O desconhecido não nos permite controla-lo, nos supreende, nos submete, e para nós, simples mortais, o desconhecido é o mal.
A natureza é o caos imprevisível se não acreditamos numa ordem divina e bondosa que a ordena. A natureza da vida na Terra é o mal. A mulher é a encarnação da natureza e a encarnação do mal. Lógicas como essa fazem par com a obra 'O martelo das feiticeiras'.
E a humanidade consegue se libertar desse domínio quando se liberta da natureza, quando dá forma e ordem ao caos, quando separa espírito de matéria e mente de corpo. Essa foi a época de ouro da humanidade, a época da Razão. Afundada depois na lama, por duas guerras mundiais e muito mais.
As mulheres que resistiram à essa nova ordem, à separação e à negação da natureza, foram chamadas de bruxas.
As que adotaram, ou aparentavam adotar, as leis morais, foram chamadas de nobres, belas.
E as que renegaram completamente sua natureza, o mal-dito mal, e se dedicaram ao invisível e ao espiritual e ao não material, inclusive com a caridade, foram chamadas de santas.
Hoje, cada vez mais, simplesmente mulheres. melhor assim
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