quinta-feira, 17 de junho de 2010

OS NOHAMUS HABITARAM O PLANETA TERRA ANTES DOS SERES HUMANOS?

OS NOHAMUS HABITARAM O PLANETA TERRA ANTES DOS SERES HUMANOS?
Um estudo do encontro da Ciência com a Ética.

Da redação.

Durante nossa formação escolar e nas reportagens que eventualmente chegam a nossas mãos tratando sobre a origem do Universo e do Homem, não havia se cogitado da possibilidade da existência de outra raça inteligente e avançada que houvesse habitado a Terra.
Tal certeza, destruída pela mais nova e surpreendente descoberta científica dos últimos tempos, baseou-se no fato de que não havia qualquer evidência, rastro ou outro elemento que provasse a existência de uma raça superior mais antiga que o homem.
Aliás, o fato de ser tão antiga é justamente o motivo pelo qual não aparecia qualquer referência sua em nossa recente história de mundo pois, sempre começávamos a narrativa a partir das bactérias e dos seres unicelulares mais primitivos que habitaram a Terra, no que pensamos serem os seus primórdios.
O Prof. Dr. Max Wölfflin, do GIS-D (German Institute of Science), autor da teoria que permitiu a reconstituição virtual da fantástica e trágica trajetória evolutiva desse povo, explica porque demoramos tanto tempo para tomar conhecimento de sua existência: “é que, exatamente onde começávamos a contar nossa história, a partir do primeiro ser unicelular primário que deu origem às espécies de hoje, e antes do qual não havia nada, descobriu-se que este nada teve um tempo certo – aproximadamente 700 milhões de anos – antes do qual, uma civilização habitou e dominou sobre todo o planeta”.
Wölfflin explica o processo de reconstituição virtual como o mais moderno método de investigação científica do passado: “Como não restaram quaisquer evidências que permitissem a identificação correta dessa raça, nossa equipe foi obrigada a representá-la em referência co-respectiva com os inimagináveis progressos que tal civilização alcançou. Tão magníficos e perfeitos como o desaparecimento completo de sua história”.
O trabalho de pesquisa, desde o começo, mostrou-se de indiscutível complexidade, além disso, os governos que financiaram a pesquisa colocaram seu absoluto sigilo como condição máxima do projeto.
Obviamente os 1.500 volumes produzidos são um material inacessível a qualquer pessoa, por isso Wölfflin tem feito a divulgação da parte que mais nos interessa, desde a época em que os Nohamus se encontravam em um grau evolutivo equivalente ao nosso até sua total destruição com a chamada Renúncia ao Tempo, onde não apenas se apagou a história dos indivíduos e das sodufe (o que chamamos de família), o que é bastante comum, mas também tudo o que foi produzido manualmente ou intelectualmente, todos os fatos, todos os rastros que poderiam ser objeto daquela história, apagou-se inclusive a História.
O processo que levou os Nohamus à Renúncia não está ainda completamente explicado mas é atribuído basicamente a quatro causas principais: A desintegração do UM-Ciacine; o esgotamento do cossurer-siarutan (conjunto de energias e substratos que eles utilizavam para alimentar todos seus sistemas); a guerra biocomercial e a guerra núcleo-fundamental.
O UM foi a mais indescritível conquista da sabedoria Nohamussiana; consistia numa organização social paradimensonal, que possibilitava a todos fazerem exatamente o que queriam, foi sem dúvida a comunidade mais livre de todos os tempos.
É verdade que não foi um processo “limpo”, pois bilhões de Nohamus não foram integrados ao sistema, não tinham narga suficiente (conceito abstrato/concreto criado para permitir trocar qualquer coisa que se tinha por um pouco menos da coisa que se queria) e não resistiram às intempéries tecnológicas que foram geradas com a criação do UM.
O UM foi o resultado de milhões de anos de refinamento tecnológico e científico, foi também uma escolha dos Nohamuss que optaram por concentrar o fornecimento de todas as suas necessidades fisio-tecnológicas num único substrato, o cossurer-siarutan, que permitiu a vida daquela espécie fosse absolutamente maravilhosa, única.
Os estudos daquela comunidade levaram à conclusão de que todos os conflitos que existiam eram fruto do “espaço público”, do comum, de tudo que transcendia o indivíduo, assim, desenvolveram uma tecnologia capaz de reproduzir aquele espaço sem os seus problemas, sem o choque do que pensava cada Nohamu sobre os outros Nohamus.
Assim era a vida, cada um dos Nohamus cuidava de sua unidade e o UM-Ciacine realizava tudo; por administrar toda essa diversidade sem que qualquer problema gerado deixasse de ser incorporado ao sistema como mais um circuito de apoio, era também conhecido como Ciacine, a Neutra (para os Nohamus a questão de gênero também existia fisiologicamente, mas eles não a consideravam); diziam os tera-compêndios científicos da época que ele não se submetia à lei natural da adaptação da parte ao todo, era o todo que se adaptava ao UM.
Contudo, o maior mistério de todos é saber qual foi o erro cometido pelo UM que não pode ser assimilado e que gerou sua desintegração. Pela sucessão de fatos que ocorreu a partir daí, é provável que os Nohamus não o tenham descoberto antes do advento da Renúncia ao Tempo, cataclismo que os baniu da História para sempre.
As poucas centenas de anos passados sob o benefício do UM foram suficientes para desativar quase todas habilidades que lhes permitiam se comunicar com seus semelhantes. Os conflitos cresceram em quantidade e gravidade exponenciais quando eles foram obrigados a se relacionar entre si.
A disputa por narga (instrumento de troca) explodiu e os Nohamus conheceram, pela primeira vez, o que para nossa civilização pode parecer comum mas para eles era, até então, inconcebível, o nohamicídio.
As sodufe (famílias), acostumadas ao amortecimento que o UM fazia do individualismo dos Nohamus e tendo adotado a narga em suas práticas internas, não resistiram à desintegração daquele, assim, desintegraram-se também as sodufe.
Caída a última barreira do coletivo, a regulação do cossurer-siarutan, que inicialmente era feita pelo UM (mas que não era percebida) perdeu-se, e em poucas centenas de anos, este estava esgotado.
Foi por volta dessa época que os Nohamus conheceram a violência, a fome e a doença; poucos agora tinham narga e esta era usada em duas finalidades: produção de remédios (aquela comunidade que sempre havia prevenido, precisou remediar, mesmo sabendo do alto custo dessa política) e armas, estas, extremamente sofisticadas pois construídas com os restos da outrora tão gloriosa tecnologia.
A guerra biocomercial havia começado, bilhões de Nohaums foram assimilados por outros tantos milhões de Nohamus. Seus corpos e mentes eram convertidos em cossurer-siarutan, tomados à força (da necessidade) através da prática de Siam-ailav ou então obtidos através de um intrincado sistema conhecido por Somimus-Noc, que empregava narga por base.
A comunidade dos Nohamus estava de joelhos, dividida em dois grupos: os que tinham narga e cossurer-siarutan para manter uma vida muito semelhante àquela que tinham no UM-Ciacine e ainda acreditavam no significado deste; e outros tantos que, esqueceram-se por completo do UM e de seu significado, não tinham mais cossurer-siarutan, e se dividiam em dois grupos, os Sievaresim e os Menlistas-Fundata.
Os Sievaresim tinham um cotidiano mórbido, sem perspectivas, sem identidade, suas vidas não valiam nada, ou pelo menos, valiam tanto quanto as vidas que foram gastas para a construção do UM.
Já os Menlistas-Fundata eram caracterizados pela sua profunda aversão e ódio ao UM, a seu significado e a todos os Nohamus que se beneficiavam dos restos daquele, acreditavam que agora que aquele não existia mais, A Verdade que a comunidade de Nohamus deveria seguir (custasse o que for) seria revelada, unicamente, através dos Menlistas-Fundata.
Por tanto tempo esses grupos viveram em condições tão diversas dos Nohamus que, na verdade, não eram mais Nohamus, ou pelo menos não eram vistos como Nohamus pelo primeiro grupo (Nohamus privilegiados) e nem viam a si mesmos como Nohamus. Os Sievaresim se achavam inferiores aos Nohamus e os Menlistas-Fundata , superiores.
Voltando um pouco atrás, lembremo-nos que toda narga da comunidade Nohamus foi utilizada no desenvolvimento de remédios e armas, estes por sua vez, baseados no princípio do UM-Ciacine de que “o que abunda não prejudica”, foram combinados e recombinados, milhões de vezes pelos Nohamus, até que se produziu...
... o TERROR, aquilo que faria os Nohamus sumirem para sempre da memória deste planeta, uma substância capaz de vaporizar toda e qualquer forma de vida, ou, mesmo que sem vida, desde que tivesse sido tocada pela vida de alguma forma, baseada na antiga tecnologia Raelcun, acrescida de várias inovações, ficou conhecida como Rama-Acigoloib.
Infelizmente não se descobriu o motivo pelo qual se produziram quantidades tão fabulosas dessa substância, considerando que bastava o uso de uma pequena porção para destruir a todos.
Sem cossurer-siarutan os Sievaresim e os Menlistas-Fundata se encaminhavam rapidamente para o Fim e, mesmo assim, esse ainda pode ser adiantado (este é considerado o maior feito do período de derrocada da civilização Nohamus); como a quantidade de cossurer-siarutan já era mesmo insuficiente, eles trocaram, com os Nohamus, o que restara daquilo e da narga por uma pequena quantidade de Rama-Acigoloib.
Também não se sabe até hoje porque os Nohamus fizeram a troca, alguns dizem que era o velho apego à narga, outros que foi a necessidade de cossurer-siarutan.
Acionada, a Rama-Acigoloib levou um segundo para apagar milhões de anos da civilização Nohaums e outros 700 milhões de anos para permitir que algum tipo de vida voltasse a ocupar esse planeta.
O UM-Ciacine, os Nohamus e tudo o que eles haviam construído e o que mais prezavam foi destruído. Suas regras, de que o planeta deveria se adaptar ao Um-Ciacine, e de que esse sistema era confiável e suficiente para transcender a distância entre o “eu” e o “outro”, livrando cada Nohamu dessa responsabilidade, desapareceram para sempre...


Aureo Marcus Makiyama Lopes


Epílogo: As palavras incompreensíveis são anagramas, embaralhamento de letras, exemplo: Nohamus = Humanos; narga = grana; UM-Ciacine = Ciência, e outros sentidos conforme a frase; sodufe = feudos; Somimus-Noc = consumismo; Rama-Acigoloib = Arma Biológica.

Um comentário:

  1. Esse texto definitivamente merece ser reavivado. Sabe o que me lembra? George Orwell e Aldous Huxley! Taí um bom motivo pra vc parar de falar em incapacidades literárias...

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