quarta-feira, 16 de junho de 2010

torneira

Ele, um nórdico, se inclina invasivamente para a frente, com seu corpo de aço, enquanto permanece ladeado de seus úteis e atarracados comparsas. há contudo uma cortina húmida de gotículas que os separam de nós. ainda assim, aparte, pretende nos inspirar, mais eis que um dedo mágico risca o seu corpo, ou seria a vidraça envaporada? superfície ou substancia? e o dedo nos deua a visão. a visão que já tínhamos, porque esse toque de agora sempre esteve lá. nasceram juntos o risco e o riscado e em criogenia fotográfica existirão eternamente, sem que saibamos jamais se um existiria sem o outro.

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